El Cancro de Mama É uma das patologias ginecológicas malignas mais frequentes e é comum que seja realizada uma intervenção cirúrgica. É por isso que nossos especialistas desejam explicar em detalhes os aspectos mais importantes do cirurgia de câncer de mama.
Índice
- INCIDÊNCIA E TAXAS DE CURA DE CÂNCER DE MAMA
- PASSO A PASSO: DO DIAGNÓSTICO À INTERVENÇÃO CIRÚRGICA
- COMO SE PREPARAR PARA A INTERVENÇÃO
- COMO É O PROCESSO DE HOSPITALIZAÇÃO
- RADIOTERAPIA INTRAOPERATIVA
- TIPOS DE CIRURGIA DE CÂNCER DE MAMA
- RISCOS E EFEITOS SECUNDÁRIOS
- CONTROLES E MONITORAMENTO DE CÂNCER DE MAMA
- PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA
INCIDÊNCIA E TAXAS DE CURA DE CÂNCER DE MAMA
Na Espanha, cerca de 33.000 novos casos de câncer de mama são diagnosticados a cada ano, e estima-se que 1 em cada 8 mulheres desenvolverá câncer de mama ao longo da vida.
A taxa de cura do câncer de mama atualmente chega a 90% e está muito próxima de 100% nos estágios iniciais, graças, entre outros fatores, ao fato de o câncer ser detectado em estágios muito iniciais durante os check-ups preventivos o em check-ups programados quando houver sintomas recentes.
Fatores de risco para câncer de mama
- Dois parentes próximos sofreram de câncer de mama.
- Um parente do sexo masculino sofreu de câncer de mama.
- Um parente diagnosticado antes dos 35 anos.
- Consumir álcool, fumar, não praticar atividade física ou manter um alto consumo de gorduras.
Sintomas mais comuns de câncer de mama
- Um caroço na mama ou na axila.
- Inchaço, endurecimento ou alteração da forma da mama.
- Secreções espontâneas do mamilo.
- Retração de um mamilo.
- Engrossamento da pele da mama.
- Dor em qualquer parte da mama.
PASSO A PASSO: DO DIAGNÓSTICO À INTERVENÇÃO CIRÚRGICA
Após a mamografia ou ultrassonografia mamária, se o radiologista indicar que há suspeita de câncer, é iniciado um estudo para confirmar ou afastar a suspeita.
- Os radiologistas realizam uma biópsia por agulha (sob anestesia local e em regime ambulatorial) para obter uma amostra de tecido da área suspeita.
- O patologista analisa a amostra e descarta ou confirma se é câncer de mama.
Se o câncer de mama, a equipe feminina de especialistas se reúne, faz o diagnóstico e acerta um plano de tratamento personalizado de acordo com as características do tumor.
Em alguns casos, é aconselhável realizar quimioterapia antes de realizar a intervenção cirúrgica. Isso é seguido frequentemente por tratamento conservador, com apenas o tumor e o linfonodo sentinela removidos.
Nos estágios iniciais do câncer de mama, a radioterapia intra-operatória pode ser realizada durante a intervenção. Assim, com apenas 30 minutos a mais, o paciente é poupado das sessões diárias de radioterapia externa pós-operatória.
Apenas ocasionalmente é necessária a realização de uma mastectomia (retirada da glândula mamária ou parte dela). Nesse caso, a reconstrução mamária imediata é planejada para que a paciente, ao acordar da sala de cirurgia, mantenha sua integridade anatômica.
Ao longo de todo o processo, os profissionais envolvidos no tratamento ficam à disposição do paciente para sanar suas dúvidas, atender suas necessidades e prestar o suporte mais adequado e constante.
COMO SE PREPARAR PARA A INTERVENÇÃO
É necessário que a paciente informe ao seu cirurgião os medicamentos, suplementos nutricionais ou remédios naturais que possa estar tomando, para que o especialista indique se deve ou não interromper o uso nos dias anteriores à intervenção.
Recomenda-se que o paciente reduza o ritmo de vida e o estresse nos dias anteriores à intervenção, não consuma tabaco (pois pode dificultar a recuperação pós-operatória), não ingira bebidas alcoólicas nas 48 horas anteriores à intervenção e siga as indicações de seu ginecologista para manter uma dieta leve.
- Não fumar
- Não beber álcool
- Mantenha uma dieta leve
- Diminuir o estresse
COMO É O PROCESSO DE HOSPITALIZAÇÃO
No dia da cirurgia é importante que o paciente venha acompanhado.
Uma vez internado na enfermaria, o paciente é informado sobre o tempo aproximado da intervenção e, antes de entrar na sala de cirurgia, é administrada a medicação prescrita pelo anestesista.
Terminada a cirurgia, a paciente segue para a área de reanimação até receber alta para a enfermaria, onde é explicado à paciente o que ela pode fazer, quando pode beber, se alimentar, se levantar ou receber visitas.
Caso a paciente sinta dor, ela deve relatar para a equipe de enfermagem.
RADIOTERAPIA INTRAOPERATIVA
A radioterapia intraoperatória (IOR) é usada no tratamento de diferentes tumores, mas é especialmente adequada no tratamento do câncer de mama quando o tumor é pequeno.
É uma técnica que permite administrar a radioterapia enquanto o paciente está na sala de cirurgia e está sendo realizada a intervenção cirúrgica na qual o tumor é removido.
- É possível visualizar a área a ser irradiada com muita precisão.
- As células tumorais são completamente removidas.
- Danos aos tecidos saudáveis são evitados.
- A duração dos tratamentos é reduzida.
- Uma recuperação mais rápida é alcançada.
Em um único procedimento cirúrgico, é possível retirar o tumor, administrar radioterapia, reconstruir a mama e evitar sessões de radioterapia externa após a intervenção.
TIPOS DE CIRURGIA DE CÂNCER DE MAMA
O objetivo da cirurgia de câncer de mama é remover todas as células cancerosas da mama.
O tamanho e o estágio do câncer são alguns dos fatores que podem determinar o tipo de intervenção cirúrgica mais adequada.
- Lumpectomia (cirurgia conservadora da mama)
- Mastectomia
- Mastectomia de redução de risco
- Cirurgia reconstrutiva da mama
- Biópsia de linfonodo sentinela
TUMORECTOMIA (CIRURGIA DE CONSERVAÇÃO DA MAMA)
Lumpectomia ou cirurgia conservadora da mama é um procedimento cirúrgico em que o tumor, uma pequena quantidade do tecido saudável que o cerca e o linfonodo sentinela são removidos, mas a mama é preservada.
A possibilidade de uma cirurgia conservadora da mama depende de fatores como o tamanho do tumor, sua localização e a vontade da paciente.
Geralmente, a cirurgia conservadora da mama requer a administração de radioterapia, a fim de eliminar as células tumorais que possam permanecer.
- Tempo de recuperação pós-operatório: geralmente entre 5 e 10 dias de repouso relativo.
MASTECTOMIA
A mastectomia é um procedimento cirúrgico em que toda ou parte de uma ou ambas as mamas são removidas.
A realização da mastectomia depende de fatores como o tamanho do tumor, sua localização e a vontade da paciente.
Sempre que possível, a reconstrução imediata da mama é planejada para que a paciente, ao final da intervenção, mantenha sua integridade anatômica.
- Tempo de recuperação pós-operatório: geralmente entre 2 e 4 dias de hospitalização e entre 6 e 8 semanas de repouso relativo.
MASTECTOMIA DE REDUÇÃO DE RISCO
A mastectomia redutora de risco é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção de uma ou ambas as mamas em mulheres que não desenvolveram câncer, mas têm alto risco de desenvolvê-lo.
A mastectomia é uma cirurgia preventiva que reduz significativamente as chances de desenvolver câncer de mama, mas não elimina completamente a possibilidade de desenvolvê-lo no futuro.
- Tempo de recuperação pós-operatório: geralmente entre 2 e 4 dias de hospitalização e entre 6 e 8 semanas de repouso relativo.
CIRURGIA RECONSTRUTIVA DA MAMA
A cirurgia de reconstrução mamária é realizada com o objetivo de recriar a forma natural da mama após a mastectomia, para que a mama ou seios fiquem semelhantes ao que tinham antes da cirurgia.
Em muitas ocasiões, a reconstrução mamária pode ser realizada no mesmo ato cirúrgico em que a mama é retirada, para que a paciente, após a intervenção, preserve sua integridade anatômica.
Mas se necessário, também é possível realizar a cirurgia de reconstrução mamária posteriormente, quando a paciente tiver concluído o tratamento indicado pelo seu ginecologista.
SENTINEL GANGLION BIOPSY
O linfonodo sentinela é o linfonodo onde as células cancerosas têm maior probabilidade de se espalhar.
A biópsia do linfonodo sentinela é um procedimento cirúrgico que envolve localizar o linfonodo, removê-lo e testá-lo para descobrir se o câncer se espalhou para o sistema linfático.
RISCOS E EFEITOS SECUNDÁRIOS
A cirurgia do câncer de mama é um procedimento seguro que geralmente apresenta poucas complicações ou efeitos colaterais durante ou após a cirurgia.
Os efeitos colaterais produzidos pela intervenção cirúrgica dependem do tipo de intervenção e do perfil de cada paciente.
Os efeitos colaterais mais comuns são dor ou dormência na área onde a cirurgia foi realizada, reações à anestesia local, sangramento e a possibilidade de infecção.
CONTROLES E MONITORAMENTO DE CÂNCER DE MAMA
Geralmente, as revisões incluem histórico médico, exame físico completo, exames de sangue com determinação de marcadores tumorais, mamografia anual e outros exames que podem ser considerados necessários para verificar se a doença não recidiva.
Terminado o tratamento, nos primeiros dois anos é aconselhável fazer exames ginecológicos periódicos a cada três ou quatro meses.
- Primeiros 2 anos: exames ginecológicos a cada 3 a 4 meses.
Após os primeiros dois anos, as revisões e controles são geralmente realizados a cada quatro a seis meses até cinco anos e, a partir de então, as revisões devem ser feitas pelo menos uma vez por ano.
- Entre os anos 2 e 5: exames ginecológicos a cada 4 a 6 meses
- A partir dos anos 5: exames ginecológicos a cada 12 meses.
Se a paciente sentir desconforto ou achar que tem algum sintoma, é necessário que ela vá ao consultório do ginecologista o mais rápido possível para fazer os exames médicos que permitam chegar a um diagnóstico seguro e, se necessário, iniciar o tratamento adequado o quanto antes que possível.
PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA
A idade de inserção no Programa de Detecção Precoce do Câncer de Mama depende de cada comunidade autônoma: na maioria das vezes, as mulheres que se encontram na faixa etária considerada de maior risco (entre 50 e 69 anos) podem participar a cada dois anos.
Graças à mamografia os tumores podem ser vistos antes de invadirem o tecido mamário, órgãos distantes ou nódulos linfáticos. Dessa forma, o câncer de mama pode ser identificado em seu estágio inicial (até 2 anos antes de se tornar palpável) e um diagnóstico precoce pode ser feito, o que pode salvar vidas.
En Clínica Ginecológica CD FemininaRecomendamos que nossas pacientes comecem a fazer uma mamografia anual em conjunto com a revisão, mesmo que não apresentem sintomas, a partir dos 40 anos, mesmo que não tenham sintomas. E se houver um alto risco de câncer devido a uma história familiar de câncer de mama ou de ovário, recomendamos que a mamografia comece aos 30 anos.