Estudos recentes em grande escala mostram comorbidade (presença de ambas as doenças ao mesmo tempo) em mulheres com endometriose ou miomas uterinos e sugerem que ela deve ser levada em consideração tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento de miomas e/ou endometriose.

Cisto de mama e risco de câncer de mama
Cistos mamários ou fibroadenomas (nódulos sólidos não cancerosos) aumentam o risco futuro de câncer de mama, mostrou uma pesquisa apresentada no 13º Congresso Europeu sobre Câncer de Mama.
As lesões benignas da mama aumentam o risco de desenvolver câncer de mama por pelo menos vinte anos, quase o dobro das mulheres que não tiveram nenhuma lesão mamária, segundo pesquisa apresentada na 13º Congresso Europeu de Cancro da Mama e cujos resultados foram publicados na revista Revista Internacional de Pesquisa Ambiental e Saúde Pública.
Os pesquisadores analisaram dados de mais de 700.000 mulheres entre 50 e 69 anos que realizaram rastreamento mamário com mamografia periódica pelo menos uma vez na Espanha entre 1965 e 2015.
“Já havia estudos que mostravam que lesões benignas aumentavam o risco de câncer. O que há de novo em nossa pesquisa é que pela primeira vez conseguimos demonstrar que esse risco persiste ao longo do tempo”, explicou o dr. Marta Roman, do Hospital del Mar de Barcelona e primeira autora do artigo.
Em mais de 40% dos casos, o tumor surge na mama oposta à da lesão benigna.
Os pesquisadores acompanharam os dados das mulheres até 2017 e, durante esse período, 17.827 mulheres foram diagnosticadas com uma lesão benigna da mama, enquanto 11.708 foram diagnosticadas com câncer de mama.
Uma vez obtidos os dados, um estudo verificar se havia relação entre o aparecimento de uma lesão benigna e o posterior desenvolvimento de câncer.
entre as mulheres sem doença benigna da mama, cerca de 15 em cada 1.000 foram diagnosticados com câncer de mama.
entre as mulheres com lesão benigna da mama, cerca de 25 em cada 1.000 foram posteriormente diagnosticados com câncer de mama e, independentemente da idade, o risco persistiu por pelo menos 20 anos.
Mulheres com histórico familiar ou lesões mamárias podem se beneficiar de exames de triagem mais frequentes e mais personalizados."
“Em mais de 40% dos casos, o tumor aparece na mama oposta à da lesão benigna. Isso parece indicar que existe alguma predisposição no tecido mamário para desenvolver a doença. talvez seria apropriado uma espécie de triagem que leva em consideração os fatores de risco, como história familiar ou lesões benignas. Essas mulheres poderiam se beneficiar de exames de rastreamento mais frequentes, com uma triagem mais personalizada”, destacou o Dr. Román.
Rastreio da mama em Espanha
Na Espanha, o rastreamento mamário começou em 1990 e atualmente sua cobertura é apenas para mulheres entre 50 e 69 anos com intervalo entre exames de 2 anos.
Sociedades científicas e diretrizes de prática clínica recomendam que as mulheres façam check-ups ginecológicos uma vez por ano a partir dos 1 anos.
Para as mulheres que reúnam os critérios de risco pessoal ou risco familiar ou hereditário de cancro, é aconselhável realizar uma avaliação de risco individual e acompanhamento específico.
Check-up ginecológico anual: prevenção e diagnóstico precoce
O check-up ginecológico anual é uma consulta médica especializada que se realiza com o objetivo de prevenir ou diagnosticar e tratar precocemente patologias que possam surgir ao longo das diferentes fases da vida da mulher.
O check-up ginecológico dura entre 20 e 30 minutos e inclui:
- Entrevista pessoal com o ginecologista.
- Exame ginecológico.
- Exame para descartar infecção pelo Papiloma Vírus Humano
- Ultrassom vaginal.
- Exame de mama e axila.
- Orientações de saúde e conselhos preventivos.
- Dependendo da idade e/ou dos resultados da entrevista e exame pessoal, podem ser realizados ou solicitados exames como exames de sangue, citologia, mamografia, densitometria óssea, cultura do Papiloma Vírus Humano, etc.
Mulher, ao seu lado
Se precisar de mais informações ou quiser fazer uma pergunta, não hesite em nos contatar:
Whatsapp: 34 934 160 606
o email: info@mulheres.es
Este post tem 0 comentários